sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mano Menezes foi demitido da seleção brasileira

Dois dias depois de conquistar o Superclássico das Américas, diante da rival Argentina, o técnico Mano Menezes foi demitido da seleção brasileira nesta sexta-feira. A decisão ocorreu após uma reunião na Federação Paulista de Futebol, que foi pedida pelo diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez. Mano Menezes, de 50 anos, comandava a equipe nacional desde agosto de 2010. A decisão foi tomada num encontro entre o presidente da CBF, José Maria Marin, o diretor de seleções, Andrés Sanchez, e o vice da CBF e presidente da Federação Paulista, Marco Polo del Nero. A reunião para "avaliação" do trabalho do treinador teve Andrés como principal articulador. Os dois tinham trabalhado juntos no Corinthians e eram muito unidos, mas o dirigente passou os últimos dias deixando claro a interlocutores que não desejava mais a sua permanência. A CBF ainda não anunciou o substituto de Mano. Luiz Felipe Scolari, desempregado e um dos preferidos de Marin, é o favorito para voltar ao cargo que ocupou na conquista do pentacampeonato, em 2012. Mano deixa o emprego justamente quando a equipe começava a dar sinais de entrosamento e bom futebol, o que faltou em outros momentos, como nos fracassos na Copa América do ano passado e na última Olimpíada. Com um novo esquema, a seleção vem jogando um futebol mais envolvente e, na última quarta-feira, conquistou o Superclássico das Américas, contra a Argentina. "Crescemos. O torcedor começou a identificar esse comportamento na Seleção. É isso que a gente leva desse ano de 2012", publicara Mano Menezes em seu Twitter. Contratado por Ricardo Teixeira, o antecessor de Marin, Mano nunca gozou de prestígio absoluto com o atual presidente da CBF, mas, tendo como defensor o ex-presidente Lula, acabou mantido. O ex-corintiano era atacado por Marco Polo del Nero, que tem muita influência sobre Marin. O novo treinador terá pouco tempo de trabalho até a Copa das Confederações, em junho do próximo ano. Serão alguns poucos amistosos antes do principal teste para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. .

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594). O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos. Com aprovação do dia 20 de novembro como feriado, e com aprovação da lei 10639 que inclui a historia da africa e dos africanos no brasil no ensino escolar, Brasil da um grande passo no processo de inclusão do povo afrodescendente,que foi excluido por uma política publica de escravidão por mais de 300 anos. ARILDO MENDES DE OLIVEIRA

O caso Bruno

Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno. No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, então com 4 meses, estava lá. A então mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo. No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal, e seu amigo, três anos de reclusão por cárcere privado. Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson também irão a júri popular, mas por sequestro e cárcere privado. Além disso, a juíza decidiu pela revogação da prisão preventiva dos quatro. Flávio, que já havia sido libertado após ser excluído do pedido de MP para levar os réus a júri popular, foi absolvido. Além disso, nenhum deles responderá pelo crime de corrupção de menores.