terça-feira, 1 de abril de 2014

Produção de petróleo alavanca investimentos das estatais Do total dos gastos com investimentos, 96,7% foram financiados com recursos de geração própria

Produção de petróleo alavanca investimentos das estatais Do total dos gastos com investimentos, 96,7% foram financiados com recursos de geração própria fonte:Jornal do Brasil Uma portaria publicada nesta terça-feira (1/4) no Diário Oficial da União aponta que as empresas estatais tiveram um investimento total de R$ 14,74 bilhões somente no primeiro bimestre de 2014, o que representa em termos percentuais a 13,9% do previsto para todo o ano. O destaque foi para o Ministério de Minas e Energia, que conseguiu concluir 14,6% da programação atual. A boa notícia é que do total dos gastos com investimentos, 96,7% foram financiados com recursos de geração própria. Entre as 71 empresas estatais que participam do investimento, 20 do setor produtivo pertencem à Petrobras. Em março, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou que a exploração e produção de pretróleo no país rendeu R$ 49,5 bilhões em participações governamentais, relacionadas com as participações especiais, bônus de assinatura, retenção de área, taxa de ocupação e com os royalties. No ano anterior, a estatal contabilizou a sua produção em R$ 31,7 bilhões, o que aponta um volume de 51,4% maior esse ano. O crescimento foi discreto em se tratando de royalties e participações especiais, com arrecadação de R$ 31,8 bilhões em 2013, contra R$ 31,5 bilhões em 2012. O resultado foi devido aos três leilões de blocos exploratórios de petróleo, realizado no ano passado, que tiveram um bônus de assinatura superior a R$ 17 bilhões, que foram destinados à União. Somente o leilão do pré-sal, do Campo de Libra, localizado na Bacia de Santos, arrecadou R$ 15 bilhões. Entre as 71 empresas estatais que participam do investimento, 20 do setor produtivo pertencem à Petrobras Entre as 71 empresas estatais que participam do investimento, 20 do setor produtivo pertencem à Petrobras Para o economista Roberto Simonard, do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), os números são auspiciosos para um começo de ano. Segundo o especialista, esse resultado é bom para a Petrobras, pois com o aumento de sua produção é possível aliviar o endividamento. "A estatal está caminhando para uma boa melhora", disse Simonard. Um recorde de produção no pré-sal aconteceu no início desse ano, com 412 mil barris de petróleo no dia 27 de fevereiro, como anunciou a estatal em março. Segundo a Petrobras, a produção foi resultado de apenas 21 poços, o que evidencia a pontencialidade dos campos de pré-sal. Ainda em fevereiro, a Petrobras abriu as operações em um poço que surpreendeu com a produção de 36 mil barris por dia, alcançando a maior marca da região. Para chegar a esse resultado, a empresa empregou uma tecnologia inovadora. As ações tiveram como meta aumentar o lucro líquido, que em 2013 foi de R$ 23,6 bilhões, 11% maior que no ano anterior. Com os resultados positivos, a Petrobras continua mantendo a sua previsão de produção de óleo e gás para 2020 em 52, milhões de barris diários. E ainda reduziu os seus gastos no plano de negócios para os próximos cinco anos, em 6,8%. O seu investimento previsto para até 2018 é de 220,6 bilhões de dólares.