sábado, 30 de julho de 2011

COLUNA DA EDNA MOURA - GLOBALIZAÇÃO


O fenômeno globalização surgiu após a Guerra Fria e, especialmente, a Queda do Muro de Berlim, que possibilitaram a união culturalista dos países e povos com o descobrimento da Internet, difundindo o imaginário mundo como uma “aldeia global”, que vem se interligando e interagindo, nos dando a impressão que a distância está cada vez menor, proporcionando uma integração mundial sem sair do lugar, envolvendo países ricos, pobres, pequenos e grandes.

Por ser tão abrangente, a Internet exige novos modos de pensar e enxergar a realidade, porque ao mesmo tempo em que facilita a vida das pessoas, como, por exemplo, o consumidor que consegue contar com produtos importados mais baratos, outros podem sofrer com a dificuldade de trabalho no país, pois as empresas com a concorrência dos importados deixam de produzir, diminuindo o seu quadro funcional devido os altos insumos brasileiros, inclusive usando novas tecnologias acarretando com isto que o trabalhador perca seu espaço.

Em contrapartida, interage culturalmente viabilizando a conexão das diversas peculiaridades de cada país, expandindo mecanicamente o marketing cultural próprio de cada localidade. A propósito, não foi por acaso que conseguimos competir para que a próxima Copa do Mundo seja no Brasil entre outros eventos como a Olimpíadas de 2016, pois possuímos uma vasta amplitude cultural com várias vertentes, principalmente: o futebol, o carnaval e a agricultura. Estes nichos culturais conseguem alavancar o turismo e a economia brasileira.

Portanto, o cidadão precisa se manter atualizado e informado, a fim de que possa acompanhar o mundo atual, sendo bombardeado a cada momento com informações e descobertas em todos os setores. Infelizmente, quem não tiver condições de acompanhar ficará fadado à miséria e à empregabilidade, nunca esquecendo que o Brasil é o melhor país do mundo e graças a Deus temos que nos orgulhar por ser brasileiro, pois temos água, sol e terra suficiente para plantar, subsídios relevantes que países do primeiro mundo atualmente não possuem para competir com o Brasil no agronegócio.

EDNA MOURA
Graduanda do Curso de Ciências Sociais
da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA

COLUNA MARCIO NEVES DE SENNA - Desenvolvimento e Sustentabilidade.


"...Ética é um tema fundamental e imprescindível, sobretudo porque permite que o ser humano venha a realizar-se eficazmente naquilo que lhe é natural, ou seja, na sua razão. O resultado de se viver bem está de acordo com o desenvolvimento de um pensamento racional. A ética quando dirige o cotidiano domina as paixões, cria bons hábitos e estabelece o equilíbrio ao proporcionar o meio-termo nas atitudes.

Entretanto, na questão do desenvolvimento e sustentabilidade, uma postura ética determinará o rumo a ser seguido diante desse tema. Ao elevarmos o debate do nível do senso comum ao bom senso, possibilitamos estabelecer princípios ou juízos que darão origens a diversas ações. Essas ações como são revestidas dos aspectos morais, evidentemente, determinarão as condutas reais voltadas para o tema em debate.

Realizarmos o exame ético a partir das ações morais referentes ao tema do desenvolvimento e sustentabilidade requer a compreensão e o aprofundamento do mesmo, onde será preciso determinar com coerência quais atitudes são certas e quais são eticamente inaceitáveis em busca da idealidade do que de fato signifique quem somos e não apenas onde estamos no que tange a esse processo.

Portanto, transversalizar os temas: dialética, bem-estar social, apreço pela humanidade e seu ambiente presente e futuro, preservação do planeta e tudo o que nele existe etc.; são alguns dos exemplos intrínsecos ao universo da ética, assim como, diretrizes norteadoras para permear a questão do desenvolvimento e da sustentabilidade tão necessários diretamente a todos nós e tudo o mais de que nos envolve..."


SENNA, Marcio Neves de. - Cientista Social.
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA

COLUNA MARCIO NEVES DE SENNA - Sobre democracia, cidadania e sociedade civil


"...Para falarmos em democracia no Brasil precisamos aprofundar o debate, ou seja, abordar o tema fundamentando a democracia ao remetê-la ao seu instrumento de acesso conhecido como “cidadania” e que basicamente acontece em três áreas: civil, política e social.

Na esfera civil, se por um lado os mecanismos de acesso nos permitem hoje admitir a hipótese da construção de ações que reconheçam as individualidades físicas, mentais e emocionais como legítimas e autênticas, por outro lado, ainda vemos que em pleno século XXI, pessoas são vítimas de abusos como, por exemplo, o famoso bullying, termo esse que designa agressão. Assim como existe o bullying entre pessoas poderia haver entre instituições e sociedades? Dominantes sobre dominados? Talvez. Todavia, é uma questão de interpretação e o que importa é a idéia central do texto em questão referente à esfera tratada.

Na esfera política a participação do povo no poder é uma possibilidade, sem sombra de dúvidas, uma oportunidade transformadora e vantajosa, mas que atualmente sofre diretamente o impacto da alienação provocada pelas classes dominantes que trabalham diligentemente, através de seus recursos, principalmente na mídia, impondo sua cultura e segregando cada vez mais as classes existentes, além de fabricar o consenso por trás de uma pseudo-democracia, causando a ilusão de uma participação efetiva.

Na esfera social o discurso de que o povo possui o direito de participação da riqueza produzida por ele mesmo ou que a dignidade de uma vida se dá através do acesso aos bens como: saúde, seguridade, educação, transporte etc., na prática tem demonstrado que a desigualdade social cresce cada vez mais, ao produzir as mazelas observadas por todos indiscutivelmente.

Somado a tudo isso percebemos que existem diversos discursos provocados por diversos grupos de interesses que em prol de seus ideais particulares ocasionam diversos entraves numa qualidade democrática mais ampla para toda a sociedade. Podemos observar isso em diversas instituições de nossa sociedade, tais como: igrejas (quando se restringe apenas a finalidade dogmática e doutrinária), escolas (enquanto reproduzir a ideologia da classe dominante), empresas (quando o compromisso é apenas com a obtenção de lucro), sindicatos (quando estão a serviço das classes dominantes) etc.

Além de tudo o que foi abordado anteriormente, pesa sobre nossa sociedade uma péssima referência histórica que não pode ser deixada de lado, é o fato de que no ano de 1888 ocorreu o advento da abolição da escravatura, mas a nossa sociedade omissa, apenas criminalizou o racismo a partir da constituição de 1988, ou seja, um atraso moral de 100 anos.

Sem querer cometer qualquer espécie de anacronismo, o que se destaca aqui é que ainda estamos atolados ante o processo de uma autêntica democracia. É claro que em termos históricos somos ainda uma sociedade recém formada e, com certeza, atualmente avançamos muito mais em relação ao processo democrático que no passado, mas, sem dúvida alguma, estamos ainda muito distanciados, na prática, do que o discurso teórico nos diz que alcançamos ou pensamos ter alcançado. Entre o real e o ideal, existe um abismo profundo..."

SENNA, Marcio Neves de. - Cientista Social
Universidade Luterana do BRasil - ULBRA