sexta-feira, 25 de maio de 2012

Em protesto, empresários vendem gasolina sem impostos

A carga tributária do Brasil é o alvo de um protesto que ocorre em 20 Estados do país nesta sexta-feira. O Dia da Liberdade de Impostos, organizado pelo Movimento Endireita Brasil (MEB) e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas Jovem (CDL), tem produtos comercializados sem a carga de impostos. Em São Paulo, o protesto ocorre na zona oeste, com 5 mil litros de gasolina comum a R$ 1,2677. Em dias "normais", o preço do combustível no posto é de R$ 2,699. Cada veículo terá um limite de 30 litros e o pagamento poderá ser realizado apenas em dinheiro. O evento irá ocorrer até as 13h ou até durar o estoque. Segundo o MEB, o desconto de 53,03% foi calculado com base no valor dos impostos pagos no país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. "(O protesto) tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os valores em tributos embutidos nos preços dos produtos. Na data, os impostos que incidem sobre o consumo serão recolhidos e custeados na sua integralidade pelos empresários participantes da campanha, que repassarão ao consumidor as mercadorias a preço isento de imposto", afirmou em nota a CDL Jovem. Em Brasília, o posto participante oferece os 30 mil litros de gasolina a R$ 1,77 por litro, valor 38,54% abaixo do preço médio da capital federal, que gira em torno dos R$ 2,88. O abastecimento é limitado em 20 litros por condutor. Já Manaus oferta 10 mil litros a R$ 1,90, limitando a 20 litros por carro. Além de combustível mais barato, o Dia da Liberdade de Impostos em Belo Horizonte, por exemplo, oferece desde brinquedos a materiais de construção, todos com valores sem a carga de tributos. Já nas cidades de Dourados e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a isenção ocorre também no gás de cozinha. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, restaurantes irão oferecer pratos já descontado o valor que seria destinado aos impostos. Nesta semana, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostrou que o brasileiro terá que trabalhar em média até o dia 29 de maio, ou cerca de 4 meses e 29 dias (150 dias), apenas para pagar os impostos federais, estaduais e municipais.

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