sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

COLUNA DA EDNA MOURA


ANÁLISE MITOLÓGICA NOS IDOS DO SÉCULO XXI


Uma breve análise sobre “Epistemologia das Ciências Sociais” subsidiou-me reflexões teóricas importantes ao entendimento e o reconhecimento dos problemas atuais encontrados no Brasil.
Com relação à explicação sobre a palavra “mito”, que vem do grupo Mythos e deriva dois verbos: mytheyo (“cantar, narrar, falar alguma coisa para outros”) e mytheo (contar, anunciar, nomear, designar”) e diz também que o mito se restringe às lendas e tem pouco a ver com a vida nos dias atuais.
Nessa perspectiva funcional, o mito é conhecimento que fundamenta e consolida a convivência humana. Nele e por ele acontece a vida associada, convencendo os homens a compartilhar a origem e o destino de suas vidas.
Com relação à atual conjuntura política desenvolvida no Brasil, democrática felizmente, mas um tanto manipulada, fez com que o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso tirasse o país do fundo do poço, com uma dívida imposta pelos Estados Unidos desde a época da ditadura militar.
Na minha opinião, somente um sociólogo competente da atualidade poderia reverter a situação brasileira, pois com mãos de ferro conseguiu que o Brasil tomasse rumo ao crescimento nos seus dois mandatos e finalmente como não poderia mais continuar no poder, colocou seus dois aliados: Lula e Serra a disputarem o seu lugar.
No meu entender, ele tinha consciência que seria melhor Lula ganhar as eleições, pois Lula é carismático e com muita força política, e assim seria mais fácil continuar o seu domínio com a participação do empresário Vice-Presidente José Alencar e toda a equipe ministerial.
Considero Lula um mito da atualidade, pois um torneiro mecânico com fibra nordestina e sem nenhum estudo conseguir ser presidente de uma grande nação como o Brasil, é realmente um fato mitológico.
Assim, apesar de parecer que o crescimento do nosso país tenha a ver somente com o desempenho do Presidente Lula, não considero verdadeiro, pois os caminhos já tinham sido implantados por Fernando Henrique Cardoso e pelas equipes ministeriais de cada governo anterior.
Portanto, acredito que nós brasileiros tivemos muita sorte em ter apostado na candidatura dele à Presidência da República e por ele ser um sociólogo – fruto epistemológico de excelentes filósofos pré-socráticos, dogmáticos, ceticistas, pragmáticos, criticistas, racionalistas, empiristas, positivistas, etc.., e que o desempenho de Augusto Comte, pai da Sociologia, após o século XIX, tenha sido fundamental, com sua idéia central em fortalecer uma base racional e científica na área intelectual e moral da sociedade, fundamentando, assim, uma sociedade que tivesse como base o espírito positivista.
Entretanto, precisamos refletir a situação política atual para que os primórdios da sociologia de Comte, possa mais uma vez atuar na decisão dos brasileiros nas próximas eleições, que compreendem duas partes: a estática social, que estuda a harmonia entre as diversas condições da existência e estabelece a ordem social, e a dinâmica, que investiga o desenvolvimento e a ordem da sociedade e estabelece as leis do progresso, em suma: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.


EDNA MOURA DA SILVA ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL OBS BRASIL DE ABRIL DE 2010

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