quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Já são 717 os mortos na Região Serrana do Rio de Janeiro




RIO - Chega a 717 o número de mortos em consequência da chuva que devastou a Região Serrana do Rio, segundo o último levantamento divulgado pela Polícia Civil. Nova Friburgo registra 338 mortes; Teresópolis, 292; Petrópolis, 63; Sumidouro, 19; São José do Vale do Rio Preto, quatro; e Bom Jardim, um. Em 17 municípios ainda é difícil chegar, somente com helicóptero ou carros 4x4.

Uma semana após a tragédia, ainda há locais inacessíveis e muitas pessoas soterradas. "Não dá para calcular quantas pessoas ainda estão soterradas. Me baseio nos números do IML (Instituto Médico Legal) e do Corpo de Bombeiros, mas ainda tem muita gente soterrada", disse o vice-governador do Estado, Luis Fernando Pezão. Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro contabilizam 182 pessoas com paradeiro desconhecido.

Em Nova Friburgo, onde foram registradas mais mortes, a situação ainda é caótica. Há bairros e localidades sem luz, água e telefone desde a semana passada. Militares ajudaram no resgate de pelo menos sete corpos na localidade de Prainha, distrito de Campo do Coelho, em Nova Friburgo.

Cerca de 1,5 mil homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros do Estado - o equivalente a 10% do efetivo total -, 700 homens das Forças Armadas, mais de 200 da Força Nacional de Segurança e diversos voluntários estão trabalhando na Região Serrana do Rio. Após a tragédia, o governo federal anunciou a implantação de um sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais, que deverá estar em funcionamento em até quatro anos.



Diário Oficial publica repasse de recursos para duas cidades

Uma portaria publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União autoriza a transferência de recursos para mais dois municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro - R$ 1,5 milhão para Bom Jardim e a mesma quantia para São José do Vale do Rio Preto.

As cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Areal já receberam recursos federais em razão das enchentes e dos deslizamentos de terra provocados pelas fortes chuvas no estado.

A transferência tem como objetivo ações de socorro, assistência ou restabelecimento de serviços considerados essenciais. O prazo de execução é de 180 dias a contar da liberação dos recursos. A portaria entra em vigor na data de hoje, com efeitos retroativos a 18 de janeiro de 2011.



Contra doenças, Teresópolis planeja diminuição de abrigos

A secretária de Saúde do município de Teresópolis, Solange Cirico Costa, afirmou que a prefeitura projeta diminuir o tamanho dos abrigos para vítimas da catástrofe do dia 12 de janeiro com o objetivo de prevenir doenças. De acordo com Solange, após esvaziar o ginásio Pedro Jahara, o "Pedrão", o próximo abrigo que deve ser diminuído é o atual maior abrigo provisório da cidade, localizado em um galpão de uma fabricante de bebidas, que atualmente acolhe de 300 a 400 flagelados.

"O plano é acomodar as pessoas o mais rápido possível nas tendas que o Exército usou no Haiti", disse. A estimativa da prefeitura é acomodar entre 1.500 e 2 mil pessoas neste tipo de equipamento, capaz de acomodar até 10 pessoas cada um.

O ginásio Pedrão chegou a concentrar a maior parte das famílias que procuraram abrigos da prefeitura, mas atualmente se resume a um centro de triagem e armazenamento de donativos.

Entre as doenças a serem evitadas citadas pela secretária, estão infestação de piolhos, diarreia e problemas de higiene em geral pela concentração excessiva de pessoas vivendo num mesmo ambiente.

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